O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas iniciou, no dia 25 de fevereiro, a sua 40ª sessão em Genebra. A reunião abriu com a intervenção do Secretário-geral da ONU, António Guterres, que indicou que o seu assessor especial para a prevenção do genocídio, Adama Dieng, vai “definir uma estratégia e apresentar um plano global de ação” para combater o discurso de ódio.

“O ódio está a normalizar-se – nas democracias liberais como nos sistemas autoritários”, disse, denunciando uma “onda de xenofobia, racismo e intolerância” e lamentando que os direitos humanos estejam a perder terreno no mundo, mas destacando que não perde a esperança.

António Guterres afirmou que o debate sobre as migrações tem sido envenenado com “falsas narrativas ligando os refugiados e os migrantes ao terrorismo”, considerando que eles são “bodes expiatórios” para “muitas doenças da sociedade”.

O líder da ONU manifestou-se preocupado com a “diminuição do espaço cívico” e com o facto de os jornalistas e ativistas serem tomados como alvo, assinalando que mais de 1.000 jornalistas e defensores dos direitos humanos foram mortos nos últimos três anos.

Quatro ativistas do ambiente, principalmente indígenas, foram mortos em média todas as semanas no último ano, adiantou.

“Precisamos de fazer mais para defender os defensores e acabar com as represálias contra aqueles que partilham as suas histórias sobre direitos humanos”, disse.

O Secretário-geral da ONU também se manifestou preocupado com a desigualdade económica e alertou que os dados recolhidos em massa (big data) e as tecnologias de reconhecimento facial estão a ser mal utilizados.

Portugal é representado na reunião pela Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Teresa Ribeiro.

Veja aqui o discurso em inglês:

 https://news.un.org/pt/story/2019/02/1661352

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Texto: Lusa






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